Nem todo negócio precisa necessariamente ter lojas físicas e e-commerce. Mas, no caso de ambas existirem, se trabalhadas de maneira complementar, podem ajudar a aumentar as vendas.

“Empresas conectadas com as demandas do mercado se aproveitam do melhor de cada plataforma, integrando-as em um canal único de vendas. A estratégia traz diversos ganhos. Dentre os imediatos, está a otimização da estrutura da empresa”, explica Rubens Massa, professor do centro de empreendedorismo e novos negócios da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP).

A integração do espaço físico com o virtual, inclusive, já tem até um termo em inglês “omnichannel” e está ganhando destaque no mundo dos negócios. “Em tradução livre, que significa canal único, esse formato é utilizado por varejistas para integrar de forma complementar os diversos meios de venda da empresa, no mundo físico e virtual”, destaca Massa.

Investir nas vendas pela internet não é caro

Um estudo encomendado pelo Google mostra que para um varejo tradicional, até 2021, quase um terço das vendas terão a internet em algum momento do processo de compra. A vantagem é que investir em um e-commerce pode ser simples e barato.

“Para um negócio de pequeno porte, há a opção de sites que permitem a criação e operacionalização da loja virtual, apenas com o pagamento de uma mensalidade. Para uma rede de maior porte, a terceirização por meio de uma grande empresa ou a aquisição de uma plataforma podem ser uma alternativa”, sugere Mauricio Taniguti, diretor executivo da Cosin Consulting. É importante ressaltar que montar uma loja virtual, outro nome para e-commerce, e mantê-la ativa, ficou mais simples e barato hoje em dia, mas o fato de ela existir não significa garantia de vendas. É preciso que exista um trabalho de divulgação já que a cada dia milhares de negócios surgem na internet e aqueles que mais investem em marketing, metaforicamente, são como imóveis comerciais bem localizados em avenidas de grande circulação de pessoas.

Segundo Taniguti, nos Estados Unidos, o e-commerce representa 11% do total das vendas do varejo. Para ele, a plataforma consegue projetar o negócio para além de sua região de atuação proporcionando a comodidade da pesquisa e compra. Por outro lado, o diretor executivo lembra que o canal físico, embora seja mais oneroso, pode oferecer uma experiência mais personificada de atendimento e experimentação do produto ou serviço impossíveis em um canal virtual.

“A loja física permite que o cliente em potencial sinta, toque e experimente o produto antes de efetuar a compra. É uma forma de showroom. O aspecto crítico é desenvolver uma forma de monetizar a loja física para que ela não seja apenas uma geradora de custos”, complementa Roberto Falcão, coordenador de pós-graduação em marketing da Fundação Álvares Penteado (FECAP).

Rubens Massa, da FGV, lembra que para as lojas de natureza física, o custo de implantação de um canal virtual é baixo e proporciona novos horizontes. “O comércio online traz o ganho da redução de estoque em loja e ao mesmo tempo a ampliação das opções para os clientes.”

Muitos varejistas apostam na fusão da loja virtual com a loja física

No caminho inverso, para empreendimentos de origem virtual a integração de um canal físico proporciona a ampliação da plataforma de clientes. “Dessa forma, agregando pessoas que não costumam comprar pela internet e estando disponível em mercados locais em pontos estratégicos para potencializar as vendas e chegar mais próximo do cliente”, completa o professor da FGV.
Quando o varejista conta com uma presença omnichannel possibilita com que o possível cliente pesquise na internet e vá visitar a loja para ter a experiência de manusear o produto e realizar a compra, ou vice-versa, pesquisa pessoalmente e depois compra online. Outra vantagem é a possibilidade de não depender 100% de transportadoras e correios para entregas ao ofertar a opção “click e colect” que consiste em permitir ao cliente que ele compre via e-commerce, mas retire o produto na loja física, momento em que pode ser que compre outro item de seu interesse engrossando o faturamento da empresa.

 

 

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